Lançado em 1995, pouco antes de receber o Prémio Nobel da Literatura, "Ensaio Sobre a Cegueira" imerge-nos num mundo apocalíptico, minado pela cegueira e a quarentena, no qual as estruturas sociais são completamente abaladas, perdendo a sua capa de humanidade.
Na apresentação pública deste romance, José Saramago caracteriza-o como "... um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
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